O voto útil, desta vez, é entre duas inutilidades: uma, porque já sabemos onde nos leva e estamos fartos; a outra, porque temos todas as razões para suspeitar que nos levará para pior ainda. ....
Querida Helena Interrogo-me, sobretudo, quanto aos principais destinatários desta "ajuda". Certamente que quem se dá por contente com o programa de governo dimanado da troika tentará convencer-nos de que são "os portugueses" que beneficiam, ou não estivessem todos a defender o "interesse nacional"... Mas serão quase 800.000 desempregados em 2013 (número que poderá ser revisto em alta) que, com este pacote, terão o período de subsídio de desemprego reduzido para metade do actual, os impostos vão subir brutalmente, assim como os transportes, a electricidade, etc. e o PIB sofrerá uma contracção de 2%. Será justo o preço da retoma? Será justo que após um ano de intervenção na Grécia os juros da dívida soberana estejam na casa dos 25% (!)? Será que este "remendo" resolverá o equilíbrio europeu, as contradições políticas e os impasses resultantes da moeda única? Não haveria outros caminhos? Este tipo de "ajuda" e as políticas que a sustentam são uma inevitabilidade?
Tristemente, creio que este tipo de perguntas e a busca de possíveis respostas e alternativas não preocuparão a maioria dos eleitores. The Mouseland Show must go on! O actor principal e mestre de disfarçes garantiu-nos que esta ajuda não terá gatos, não terá ratoeiras, não terá raticida... E convencerá todos tão bem da sua bandeira de "esquerda", que os principais destinatários da "ajuda" poderão ficar tranquilos. Para eles, a solvabilidade e a liquidez estão garantidas, e não haverá impostos especiais para as ratazanas mais gordas e agressivas. Haja queijo! É disso que os eleitores gostam...
A única vantagem é terem de prestar contas trimestrais, senão não vem guito. Caso contrário, a farra continuaria. Há muito que defendo a importação de governantes. Até que enfim. Poulsen a PM.
A ajuda foi pedida com um atraso indesculpável !
ResponderEliminarMas, reconhecer os erros custa muito aos vaidosos...
Um beijo, HELENA.
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ResponderEliminarO voto útil, desta vez, é entre duas inutilidades: uma, porque já sabemos onde nos leva e estamos fartos; a outra, porque temos todas as razões para suspeitar que nos levará para pior ainda. ....
Querida Helena
ResponderEliminarInterrogo-me, sobretudo, quanto aos principais destinatários desta "ajuda". Certamente que quem se dá por contente com o programa de governo dimanado da troika tentará convencer-nos de que são "os portugueses" que beneficiam, ou não estivessem todos a defender o "interesse nacional"... Mas serão quase 800.000 desempregados em 2013 (número que poderá ser revisto em alta) que, com este pacote, terão o período de subsídio de desemprego reduzido para metade do actual, os impostos vão subir brutalmente, assim como os transportes, a electricidade, etc. e o PIB sofrerá uma contracção de 2%. Será justo o preço da retoma? Será justo que após um ano de intervenção na Grécia os juros da dívida soberana estejam na casa dos 25% (!)? Será que este "remendo" resolverá o equilíbrio europeu, as contradições políticas e os impasses resultantes da moeda única? Não haveria outros caminhos? Este tipo de "ajuda" e as políticas que a sustentam são uma inevitabilidade?
Tristemente, creio que este tipo de perguntas e a busca de possíveis respostas e alternativas não preocuparão a maioria dos eleitores. The Mouseland Show must go on! O actor principal e mestre de disfarçes garantiu-nos que esta ajuda não terá gatos, não terá ratoeiras, não terá raticida... E convencerá todos tão bem da sua bandeira de "esquerda", que os principais destinatários da "ajuda" poderão ficar tranquilos. Para eles, a solvabilidade e a liquidez estão garantidas, e não haverá impostos especiais para as ratazanas mais gordas e agressivas. Haja queijo! É disso que os eleitores gostam...
Beijinhos
PS: A ilustração é deliciosa!
A única vantagem é terem de prestar contas trimestrais, senão não vem guito. Caso contrário, a farra continuaria. Há muito que defendo a importação de governantes. Até que enfim. Poulsen a PM.
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