sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Changer d'air en Normandie le week-end de Pâques
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Precisa-se
Precisa-se de matéria prima para construir um País*
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo Nós como matéria-prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !
*Eduardo Prado Coelho - in Público
terça-feira, 26 de abril de 2011
Syrie
... “le choix est seulement de savoir si ce régime honni sera démis par une révolution ou si nous tombons dans une guerre civile”...
Le Monde.fr Printemps arabe
segunda-feira, 25 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Tears
"I’ve done it on the subway and at the Museum of Modern Art, in Prospect Park, Tompkins Square Park and leaning against the locked gate of Gramercy Park" (...).
Look at me, I'm crying, by Melissa Febos
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Bom fim de semana de Páscoa
quinta-feira, 21 de abril de 2011
"“faire des chinoiseries”"
foto tirada da net
Un grand jornaliste d'un petit pays versus un “petit ambassadeur d’un grand pays” (...).Há Diplomacia e diplomacias...
quarta-feira, 20 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
Zeca Afonso
"Apanhado" no "Expresso da linha"
quinta-feira, 14 de abril de 2011
"Acenos de carinho"
Nos arrabaldes do Porto ainda se come muito caldo de couves colhidas nas reminiscências das quintas reconhecidas aos penedos de granito de certas curvas e esquinas. Lá para os lados de Gondomar, uma porta de ferro forjado separa a rua das escadas da Associação da Dona Eugénia & Co. O “Co” não é agraciado por recursos humanos, é unicamente a colega, imprescindível nesta empresa titânica, que produz carinho e amor. Responde esta Associação ao nome de “ACENOS DE CARINHO”, não subsidiada pelo erário público, acolhe crianças dos 6 meses aos 4 anos, das 7 da manhã ás 7 da tarde.
Quantos são os hóspedes? Difícil de dizer, entre a dúzia e a arroba, talvez mais… mas há sempre um lugar para os retardatários.
O cinismo administrativo e a condescendência social encontraram um epíteto para estes, que é de carenciados. Aqui não há carências, o banco alimentar não os esquece, alguns comerciantes também não.
A Associação pede uma participação aos custos, de cem euros mensais, por cada criança acolhida, mas… a Dona Eugénia ainda está á espera de muitas mensalidades que se esqueceram da morada da Associação. Diz com ar resignado, a partir do momento que posso pagar a minha colega… o resto se verá!
Uma pinceladela nas paredes cansadas é imprescindível, mas será um quarto de cada vez. Este mês um senhor vem ajudar, mas os 80 euros para a tinta tem de sair… uma fortuna.
O cinismo administrativo e a condescendência social encontraram um epíteto para estes, que é de carenciados. Aqui não há carências, o banco alimentar não os esquece, alguns comerciantes também não.
A Associação pede uma participação aos custos, de cem euros mensais, por cada criança acolhida, mas… a Dona Eugénia ainda está á espera de muitas mensalidades que se esqueceram da morada da Associação. Diz com ar resignado, a partir do momento que posso pagar a minha colega… o resto se verá!
Uma pinceladela nas paredes cansadas é imprescindível, mas será um quarto de cada vez. Este mês um senhor vem ajudar, mas os 80 euros para a tinta tem de sair… uma fortuna.
Esta casa “de campo”que outrora deve ter pertencido a um tripeiro bom funcionário, dá um certo“respeito” pela idade. Um corredor talha a casa em duas metades com três enormes portas de cada lado. O soalho que já engoliu quilos de sabão amarelo e esfolou muitos joelhos salva-nos do arrepio dos muros em granito e da caliça que já esta cansadíssima. As paredes estão nuas. Uma casa de banho glacial torna-se acolhedora pela presença de duas retretes minúsculas em relação às imponentes louças dos anos 20.
É a hora da sesta, algumas vozes, em surdina, dos mais velhos, corta o silêncio monástico. Os mais pequenos sentem a presenças do intruso, as cabeças levantam-se como os girassóis entre dois raios de sol. Quem será?
É a hora de mudar a fralda, o que além da operação que preferimos deixar aos outros, implica limpar a lágrima no canto do olho, um grande xi-coração e toque final, um beijinho lenifique.
Num outro quarto procuro o “ovinho da panela”,que responde ao nome de Tiago, neto da D. Eugénia e que, acessoriamente, me dará uma malga de sopinha quando serei velhinho, porque partilho o mesmo estatuto que a D. Eugénia, salvo que eu não sou o avô, sou o pappy*.
Num outro quarto procuro o “ovinho da panela”,que responde ao nome de Tiago, neto da D. Eugénia e que, acessoriamente, me dará uma malga de sopinha quando serei velhinho, porque partilho o mesmo estatuto que a D. Eugénia, salvo que eu não sou o avô, sou o pappy*.
O Tiago é como o seu papá, é o ultimo a cumprir a alvorada. A tropa está na parada, que é composta por três salas, atribuídas segundo as actividades e a idade dos hóspedes.
Alvoroço numa das salas, erupção de lágrimas, ela sai de dedo esticado seguida da corte de testemunhas que … aquele bateu-me… seis cabeças acenam positivamente com o dedo denunciador para o culpado todo enfiado.
A bonança nas fileiras é conseguida com a inspecção do rescaldo da “agressão”. Chegou-se à conclusão que o dói-dói é enorme e que se as tripas grossas conseguiram passar, mistério… as delgadas não conseguiram, o que obviamente, implicou mais seis peritagens para desvendar o dito cujo mistério.
O culpado, cabisbaixo, já vai direitinho para o castigo, uma alcofa usadíssima no canto da sala, porque se a Dona Eugénia intervêm, é a toque de caixa que o busílis se resolve.
O reflexo condicionado das quatro da tarde, é a correria para as mesas, lugares reservados e defendidos com unhas e dentes, porque o Yop chegou. Gesto automático, o Yop é ingurgitado sem ciúmes, porque todos são de morango e penso bem, que sempre foram de morango, ao ponto que os refilançoscomeçam a surgir eufemísticamente… dói-me a barriga. Quem não bebeu o Yop, não cheira o bolo. A sentença é imediata, quem tem dor de barriga não come bolo. Como um relâmpago, os Yop’s são eclipsados e uma inspecção minuciosa verifica se a ultima gota foi bebida. Resultado, alem das beiças lambuzadas um monóculo, digno do Spínola, no olho.
O reflexo condicionado das quatro da tarde, é a correria para as mesas, lugares reservados e defendidos com unhas e dentes, porque o Yop chegou. Gesto automático, o Yop é ingurgitado sem ciúmes, porque todos são de morango e penso bem, que sempre foram de morango, ao ponto que os refilançoscomeçam a surgir eufemísticamente… dói-me a barriga. Quem não bebeu o Yop, não cheira o bolo. A sentença é imediata, quem tem dor de barriga não come bolo. Como um relâmpago, os Yop’s são eclipsados e uma inspecção minuciosa verifica se a ultima gota foi bebida. Resultado, alem das beiças lambuzadas um monóculo, digno do Spínola, no olho.
Chegam mais Yop’s, mas ninguém lhes pega, mas o bolo desaparece e milagrosamente a dor de barriga. A galhofa é geral, mas ninguém se levanta sem a autorização. Quando esta chega, as feras já sabem a arena que lhes é reservada e não vão à sala do lado, aonde os comparsas que ainda não tem a postura primata, estão condenados a esperar nas cadeiras de bebé, salvo quando os prantos na sala vizinha são maiores que a gritaria na arena. Lá vão todos, na correria, indagar… Olha… deixaste cair a chucha. Acto contínuo, os “grandes” apanham o sésamo e espetam-no na boca do infeliz, que seca as lágrimas com umas mamadelas descomunais. Olha não chores… deixa lá…
Sábado é a festa do Pai, a nora da D. Eugénia, veio de armas e bagagens, nas quais, o segundo neto de mês e meio, para fazer o atelier “prenda do dia do pai”. A originalidade desta não fez as parangonas da imprensa local, mas o método de fabrico é delicioso.
Uma folha de papel vegetal uma boa porção de guache azul, vermelho ou amarelo é proposta ao artista que se deve apresentar na cozinha, unicamente quando é convocado. Qual cor queres, pergunta a professora. Enquanto o artista tergiversa, os outros espreitam á porta para darem a sentença… essa não, o azul é melhor. Com rigor e carinho, a professora, única diplomada em puericultura, põe tudo na ordem. A serigrafia da mão no copo não é recuperável como impressão digital, mas unicamente como a do coração dos diabretes contentes por terem uma prenda para o papá.
Cinco da tarde, toca a campainha, os pais começam a chegar, os decibéis diminuem até ao silêncio total ás 19h00, hora de por no lixo as fraldas recheadas, garrafas de Yop, caixas de papas etc., arruma-se os brinquedos, passa-se a esponja.
Só foram… 12 horas contínuas, porque os Acenos de Carinho, abre às sete da manhã.
É a queda da cortina e um suspiro de alivio. Até amanhã.
É aqui que está o esplendor de Portugal…
*O "pappy" do Tiago, autor do texto e das fotos, gostaria de deixar aquí este testemunho de solidariedade.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Japon
Le Petit Prince aime le courage et la dignité des Japonnais
sábado, 9 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Vraies idées
"D’où vient cette manie d’accoler l’adjectif “vrai” à tous les substantifs, comme s’ils ne pouvaient se passer de ce flanc-garde (nous allions dire de cette béquille) ? Rien que dans l’édito du Monde d’aujourd’hui 6 avril, sur le laborieux projet socialiste, nous en trouvons trois (dans l’ordre : “vraie réflexion”, “vraie boîte à idées, “vraie régulation des marchés”). En vérité, qu’apportent-ils au propos ? Qu’est-ce qu’une “vraie réflexion”, sinon une réflexion ? Le contraire d’une “fausse régulation des marchés” n’est-il pas une “régulation des marchés” tout court ? Est-ce la perte de substance des substantifs qui conduit à les flanquer de ce “vrai” vraiment collant ? Et tant qu’à les flanquer, flanquons-les tous : ce dont le PS a besoin, c’est d’une vraie boîte à vraies idées".
Achei piada a esta "picante" crítica aos discursos, projectos políticos e programas eleitorais.
Sera este o verdadeiro grande mal comum aos partidos socialistas francês e português?
segunda-feira, 4 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
Il fait beau et chaud à Paris!
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Não é mentira!
(...) le Portugal a pourtant réussi, vendredi 1er avril, à lever 1,645 milliard d'euros de dette à un an, à un taux de 5,793 %, un peu moins élevé que les prévisions des analystes.
L'opération a enregistré une demande 1,4 fois supérieure à l'offre, a précisé l'Institut de gestion du crédit public (IGCP). Plusieurs analystes cités par la presse portugaise tablaient sur un taux d'intérêt avoisinant les 6,4 %. Lors de sa dernière émission obligataire, le 9 mars, le Portugal avait payé un taux d'intérêt de 5,905 % pour lever un milliard d'euros en obligations arrivant à maturité en septembre 2013(...)
L'opération a enregistré une demande 1,4 fois supérieure à l'offre, a précisé l'Institut de gestion du crédit public (IGCP). Plusieurs analystes cités par la presse portugaise tablaient sur un taux d'intérêt avoisinant les 6,4 %. Lors de sa dernière émission obligataire, le 9 mars, le Portugal avait payé un taux d'intérêt de 5,905 % pour lever un milliard d'euros en obligations arrivant à maturité en septembre 2013(...)
LEMONDE.FR avec AFP | 01.04.11 | 13h36
Uma boa notícia que, espero, calmará "les mauvais esprits":)!
Uma boa notícia que, espero, calmará "les mauvais esprits":)!
1° de Abril
Em França, no 1° de Abril, também se mente mais que nos outros dias do ano. Para não fugir à tradição, gostaria de lhes enviar um belo exemplar de um "poisson d'Avril" mas o melhor que encontrei foi este... Tanto aí como aquí diz-se que há muito cálcio nas espinhas dos peixes e que o cálcio faz muito bem ao cérebro. Será verdade ou é mais uma mentira:)?
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