quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"CE N'EST PAS BIEN GRAVE"

"Anne passera un scanner, dimanche matin, dans une autre clinique. Qui révélera distinctement l'image d'une pince chirurgicale d'environ 10 centimètres au milieu du ventre. "A force d'insistance" de son avocat, elle obtiendra finalement que son chirurgien la réopère lundi après-midi pour retirer la "pince oubliée"...
A aucun moment il ne s'est excusé. Il m'a dit : 'Heureusement, ça m'arrive en fin de carrière.' Pour lui, c'est un 'oubli', 'rien de bien dramatique', il n'a pas pris le temps de prendre conscience de mon mal-être, du traumatisme", soupire la jeune femme, révoltée de cette "désinvolture". Comble du "cynisme", le chirurgien lui a assuré que cette nouvelle opération était son "cadeau de Saint-Valentin" et qu'elle "avait droit à une opération gratuite"...
in "Le Monde"

6 comentários:

  1. A primeira vez que me submeti a uma cirurgia foi há quase 40 anos: uma hérnia inguinal operada no Hospital dos Capuchos pelo Dr. Henrique Vicente da Cruz. O terror foi que não havia a garantia de ele estar disponível para operar no dia e hora marcada, e se isso acontecesse, calhar-me-ia fatalmente um outro médico cuja alcunha no hospital era "Shelltox" (o que, como anunciava a publicidade da época, "mata que se farta"), justamente, porque costumava deixar tesouras, pinças, bisturis, etc., dentro dos doentes. Felizmente, o Dr. Vicente da Cruz estava disponível e não houve problemas. A enfermaria era um pavilhão com um pé-direito de uns 10 metros, tinha umas vinte camas e, nalgumas, havia doentes que estavam lá há meses e anos, fumando o dia todo, com cinzeiros repletos na mesa de cabeceira...

    Helena, faço votos de que consiga levar o seu shelltox a indemnizá-la, mas mesmo sem perceber nada do assunto, estou em crer que as bactérias hospitalares vão ter as costas muito largas: alegarão sempre com a imponderabilidade... Aqui em Portugal, com o estado da justiça, seria impensável. Em todo o caso, suponho que em França haja um pouco mais de respeito pela Justiça e pelas justas queixas dos cidadãos.

    Mais importante: que melhore depressinha!
    Votos de boas melhoras!

    Beijos

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  2. Teresa,
    Conheço bem de perto dois casos de "esquecimento" passados aqui em Lisboa.
    Um num Hospital do Estado outro num Particular e em ambos os casos os médicos tiveram exactamente a mesma atitude do caso que descreve...
    Uma vergonha!
    xx

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  3. Francisco,
    Infelizmente, "Shelltox" ha muitos ai, aqui e por todos os hospitais e clinicas do mundo e é muito dificil ganhar processos contra estes "assassinos" em potência porque teem as "costas largas" com a ordem dos médicos e outros advogados a defendê-los. Vou processar a clinica pelo streptococus que "apanhei" no bloco operatorio e o "Shelltox" que me operou pour ter ido de férias sabendo que eu necessitava de ser reoperada de urgência para "lavar" o joelho. Ele podia ter-me transferido para outro hospital mas em vez disso "abandonou-me" na clinica sabendo muito bem que durante a semana entre o Natal e o Ano Novo não havia médico de serviço! Quando a enfermeira se apercebeu da gravidade do meu estado, chamou um médico de urgência que me mandou logo para o hospital de Garches onde fui operada assim que la cheguei o que me salvou a vida!

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  4. Cara Papoila,
    E aflitivo que "acidentes" deste tipo ainda sucedam hoje em dia.

    Bom fim de semana!

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  5. Nestes tempos de individualismo e desvalorização dos ideais humanísticos precisamos repensar em que tipo de sociedade desejamos viver. A falta de respeito em qualquer situação do cotidiano é regra e não exceção. Alguns absurdos como este tem um efeito mais midiático mas quando é que iremos passar da indignação e punições isoladas para uma atitude concreta de mudança dos paradigmas!
    "L'égoïsme est la maladie du siècle XXI"
    Ah! gostei do que encontrei por aqui e já sou um novo seguidor!
    Um abraço!

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  6. Caro Eduardo,
    Estou totalmente de acordo consigo.
    Obrigada pela visita, é um prazer recebê-lo nesta casa.
    Bien à vous!

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