sexta-feira, 30 de julho de 2010

L'amitié


"L'amitié mène sa ronde autour du monde, nous conviant tous à nous réveiller pour une vie heureuse" Epicure


La danse
Henri Matisse,1909
Huile sur toile, 260 x 391
Saint-Petersbourg, Musée de l'Hermitage
"LA DANSE, nom donné à plusieurs œuvres de Matisse s’inspirant d’un motif apparu en premier lieu dans la vaste composition de la Joie de vivre réalisée en 1906 (Merion, Pennsylvanie, Barnes Foundation).
Après une première version datée du début de 1909 (huile sur toile, 259,7 × 390 cm, Museum of Modern Art, New York), le peintre développe, pour répondre à une commande du collectionneur russe Chtchoukine, une nouvelle composition (1909-1910, huile sur toile, 260 × 391 cm, musée de l’Ermitage, Saint-Pétersbourg) qu’il dotera d’un pendant, la Musique. Il y emploie une palette réduite, composée de couleurs puissamment expressives, éclatantes et saturées, disposées en larges plages, technique caractéristique du fauvisme dont Matisse est alors l’une des figures majeures. L’œuvre, réalisée au début de la carrière de l’artiste, après sa période divisionniste, témoigne d’un grand dépouillement du dessin. Les lignes dynamiques insufflent un mouvement frénétique à la ronde des personnages, effet renforcé par le jeu des courbes dessiné par les postures déséquilibrées des cinq figures qui semblent entraînées dans un élan perpétuel. Imprégnée d’une connotation presque sauvage, la toile symbolise l’âge d’or du début des temps. Le cercle de la ronde renvoie à cet idéal de perfection et le tableau est animé d’un rythme violent et joyeux".
Dedico esta "danse" às minhas amigas e amigos cansados  e desiludidos "deste mundo". São pessoas de bem e de quem muito gosto.

Liberdade de imprensa / censura


A OSCE inquieta-se com a falta de liberdade de imprensa no mundo. Nós também.
Censura = condenação; crítica; reprovação social. Exame crítico de obras, espectáculos ou publicações segundo critérios morais ou políticos e exercício do poder de autorizar ou não a sua exposição ou publicação (Infopédia).

sábado, 24 de julho de 2010

Handshake

photo internet

Aprendi, ainda pequena, a cumprimentar as pessoas crescidas. Da etiqueta complexa no que diz respeito às senhoras, a regra do aperto de mão aos senhores foi a que mais se surpreendeu, nessa altura, porque é a senhora que estende a mão ao senhor e não o senhor à senhora.
Há apertos que dão gosto e há outros francamente desagradáveis!


“It has heralded peace between nations, begun relationships and sealed deals for thousands of years, but new research out today reveals that as many as two in three people (70 per cent) have a crisis of confidence when it comes to performing the act of a human handshake. Despite the average person shaking hands nearly 15,000 times in a lifetime, one in five (19 per cent) admit they hate the act of the handshake and are unsure how to do it properly, regularly making a handshake faux pas such as having sweaty palms, squeezing too hard or holding on too long. Over half of people (56 per cent) say they have been on the receiving end of an unpleasant handshake experience in the past month alone. However, from today, help is literally at hand as scientists have created a mathematical formula for the perfect handshake taking into account the twelve primary measures needed to convey respect and trust to the recipient.

PH = √ (e2 + ve2)(d2) + (cg + dr)2 + π{(42)(4
2)}2 + (vi + t + te)2 + {(42 )(42)}2

(e) is eye contact (1=none; 5=direct) 5; (ve) is verbal greeting (1=totally inappropriate; 5=totally appropriate) 5; (d) is Duchenne smile - smiling in eyes and mouth, plus symmetry on both sides of face, and slower offset (1=totally non-Duchenne smile (false smile); 5=totally Duchenne) 5; (cg) completeness of grip (1=very incomplete; 5=full) 5; (dr) is dryness of hand (1=damp; 5=dry) 4; (s) is strength (1= weak; 5=strong) 3; (p) is position of hand (1=back towards own body; 5=other person's bodily zone) 3; (vi) is vigour (1=too low/too high; 5=mid) 3; (t) is temperature of hands (1=too cold/too hot; 5=mid) 3; (te) is texture of hands (5=mid; 1=too rough/too smooth) 3; (c) is control (1=low; 5=high) 3; (du) is duration (1= brief; 5=long) 3

(…) The rules for men and women are the same: right hand, a complete grip and a firm squeeze (but not too strong) in a mid-point position between yourself and the other person, a cool and dry palm, approximately three shakes, with a medium level of vigour, held for no longer than two to three seconds, with eye contact kept throughout and a good natural smile with a slow offset with, of course, an appropriate accompanying verbal statement, make up the basic constituent parts for the perfect handshake. (...)”...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Parabéns Bébé!

O Bébé em Macau em 1952
O meu irmão Joaquim Humberto nasceu na Ilha do Faial há 59 anos. Dos cinco irmãos sempre foi o mais reservado. Fala pouco e pensa muito. A paixão dos aviões anima-o desde miúdo. Voou muito, em sonhos, depois a pilotar helicópteros em Angola e mais tarde jactos da US Air Force no Texas.
O Joaquim Humberto tinha imensa "saída" com as minhas amigas que o achavam uma "brasa" mas também agradava a senhoras de uma certa idade. No fim dos anos sessenta, a célebre presidente do Movimento Nacional Feminino, que o achava um lindo rapaz muito bem educado, pediu-lhe para ele fazer umas gravações para o seu programa radiofónico dedicado aos soldados em guerra no Ultramar. O Bébé, entre dois beija-mão, viu-se grego para escapar à Cilinha...

sábado, 17 de julho de 2010

Ficam os Livros...

Antonio Lobo Antunes (foto Facebook)


“Em acabando este livro apetece-me escrever um romance policial, ou antes um romance negro. Trago esta ideia há anos e chegou a altura de o fazer.

Lembro-me de falar nisso ao meu irmão de alma José Cardoso Pires

- Sabes do que tenho vontade, tu?

esperei que o silêncio retornasse suficientemente côncavo para as minhas palavras caberem lá dentro e esvaziei o púcaro
Fazer um romance negro.

Recebi de resposta

- Ando a pensar nisso desde que comecei.

Demorámo-nos às voltas com o plano de fazer o tal romance negro a meias, em capítulos alternados, depois o Zé teve aqueles problemas que acabaram numa morte horrível e, mesmo sem ele, não abandonei a cisma. Se for capaz de o pôr em marcha dedico-lho, claro, nós que não dedicámos livros um ao outro:

- Porque é que a gente nunca dedicou um livro ao outro?

- Achas que é preciso?

e ficámos assim. Mas levas com o teu nome no romance negro que te lixas. E meto lá os teus bairros. E meto-te lá a ti, de personagem principal. Não todo, claro, certas coisas de ti. Fazes-me tanta falta, meu cabrão, há tanto para contarmos um ao outro. O fim de um amigo é um martírio, não páras de te agitar cá dentro, raios te partam. Tu e o Ernesto Melo Antunes: duas feridas abertas que não saram. Mas nunca tive uma intimidade assim com outro homem. Bom, adiante. O romance negro é uma promessa que te fiz e acabou-se. Continuo a não beber, continuo a gostar de comida de avião

- Como posso ser amigo de um sacana que gosta de comida de avião?

papava o meu tabuleiro, papava o teu, falávamos de bailes nos Bombeiros Voluntários Lisbonenses, boxe, bilhar às três tabelas, chocos com tinta

(eu detesto)

não falávamos de literatura nem do que cada um estava a lavrar. Mostrava-se acabado o trabalho, num tonzinho distraído

-Queres ler isto?

e, sem mais palavras, suspendiamo--nos num pingo à espera da opinião do outro, que se resumia sempre a uma frase vaga. Percebia-se o julgamento pelo clima à volta da frase, não pela frase em si. E era tudo.

À medida que o tempo avança vai-se ficando despovoado. Os eucaliptos dos anos destroem tudo em torno de nós. Sobram cinzas, raízes, sombras, restos de pedras calcinadas, vozes ao rés da erva à procura da boca onde nasceram, a pedirem que as escutemos. O que se ganha em troca? Uma cor diferente no silêncio, aquilo a que chamamos sabedoria e não é mais que uma tristeza resignada. Outras pessoas habitarão aqui e a gente primeiro retratos nas cómodas, depois retratos nas gavetas, depois retratos na cave, depois nada.

Cartas numa caligrafia antiga que um vento defunto inclina. E a morte final com o esquecimento do nosso próprio nome. Ficam os livros…(…)
António Lobo Antunes
In “Visão”, 15 de Julho de 2010

Obrigada António!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Hermínio da Palma Inácio

Faz hoje um ano que morreu o Palma. De "Velho", como lhe chamavam alguns companheiros da LUAR, não tinha nada. De exceptional teve tudo! Admirável de coragem, Hermínio da Palma Inácio iluminou quantos, durante a longa ditadura, lutaram pela Liberdade. Até sempre amigo!

terça-feira, 13 de julho de 2010

"Le temps des utopies"

«Stupéfiant paradoxe ! Le néolibéralisme étale tous les jours sa faillite : la suraccumulation des richesses s’accompagne d’un nombre croissant de pauvres et de chômeurs ; la spéculation provoque la crise la plus grave depuis 1929 ; la logique du profit menace jusqu’à la survie de l’espèce. Et pourtant le système tient bon.
Cette contradiction s’explique — après les années Thatcher, Reagan et… Mitterrand — par l’événement qui, voici plus de vingt ans, bouleversa le cours de l’histoire : la chute du mur de Berlin. La victoire de l’Occident dans la guerre froide précipita la fin du camp socialiste, dont l’Union soviétique, forte de son rôle dans l’écrasement du nazisme, avait considérablement étendu l’empire. Mais elle porta aussi un coup sévère, peut-être mortel, à l’idéal communiste, perverti par des apparatchiks qui affectaient de s’en réclamer.
Certains espéraient que la disparition du communisme soviétique lèverait une hypothèque. Depuis 1917, tout projet socialiste se voyait opposer le « socialisme réel ». Et l’horizon de l’URSS bornait l’élaboration d’une alternative radicale. On pouvait donc estimer que la chute de la « maison communiste » permettrait de repenser le socialisme dans la liberté. Que, loin d’annoncer la fin de l’histoire et la marginalisation de tout souffle révolutionnaire, elle libérerait au contraire pleinement l’utopie.
Force est de reconnaître que, jusqu’ici, il n’en a pas été ainsi. Dans le Sud, les luttes pour la souveraineté politique et économique ont perdu le point d’appui que le camp socialiste représentait. Dans le Nord, les luttes sociales ne peuvent plus exploiter la pression que sa concurrence exerçait sur les pouvoirs occidentaux. Et surtout, partout, les peuples semblent orphelins d’un idéal.
Or les deux décennies écoulées depuis l’ont démontré : sans l’horizon d’un idéal, les combats sociaux manquent d’âme. Ils se déroulent le plus souvent sur la défensive, avec pour objectif de défendre des acquis menacés. Car le grand capital et les hommes qui le servent profitent de la crise dont ils portent la responsabilité pour tenter de démanteler les conquêtes sociales accumulées au fil du XXe siècle.
L’académicien Jean-Denis Bredin l’avait pressenti, quatre mois avant que le drapeau rouge ne disparaisse des tours du Kremlin : « Est-il possible d’avancer que le socialisme n’eût peut-être été, chez nous, qu’un radicalisme autrement dénommé, s’il n’y avait eu le communisme (...) qui l’empêchait de dériver trop vite, ou trop fort ? Est-il permis d’avancer que, tantôt dérangeant, tantôt épaulant le reste de la gauche, le communisme français, étrange gardien d’un catéchisme universel, porteur d’une terrible légitimité, a aidé le socialisme français à tenir son cap, que sans lui le Front populaire n’eût pas été un front populaire, que l’union de la gauche n’eût sans doute été qu’une union des centres, ou un rêve, et que beaucoup de lois sociales seraient encore attendues ? Est-il possible d’avancer que tous ces entêtés, ces sectaires, ces grévistes infatigables, ces envahisseurs de nos usines et de nos rues qui fichaient le désordre, ces obstinés qui ne cessaient de réclamer des réformes en rêvant de la révolution, ces marxistes, à contre-courant de l’histoire, qui empêchèrent le capitalisme de bien dormir, nous leur devons beaucoup (1) ? »
Vingt ans plus tard, le mouvement social pâtit de l’absence d’alternative. M. Benyamin Netanyahou se serait-il lancé dans sa fuite en avant guerrière si un pôle à la fois social et pacifiste proposait un autre choix aux Israéliens ? La guerre de Tchétchénie aurait-elle duré aussi longtemps si M. Vladimir Poutine avait dû faire face à un rival populaire incarnant un autre choix pour la Russie ? Et M. Nicolas Sarkozy aurait-il été élu président si son challenger avait été porteur d’un autre choix pour la France ? Enfin, si une perspective de changement se dessinait, ceux qui nous gouvernent parviendraient-ils, sans rencontrer de résistance majeure, à serrer la ceinture de peuples entiers, à la grecque, après avoir distribué tant de milliards d’euros aux banques ? Sans oublier les retraites retardées, le travail du dimanche, les services publics privatisés, la santé et l’enseignement supérieur payants…
En quoi se caractérise cette mortifère « crise d’alternative » ? Elle résulte bien sûr de la faiblesse des forces du changement, de la pauvreté de leurs propositions, de la tiédeur de leur programme. Mais elle naît avant tout de leur incapacité à incarner une utopie. Au singulier : car si les « grandes utopies » (économiques, sociales, politiques, culturelles, environnementales) se nourrissent des petites, celles-ci peuvent aussi les occulter.
Oui, c’est d’abord d’une utopie que le monde a besoin. Le grand auteur uruguayen Eduardo Galeano l’écrivait on ne peut mieux (2) : « Elle est à l’horizon, dit Fernando Birri. Je me rapproche de deux pas, elle s’éloigne de deux pas. Je chemine de dix pas et l’horizon s’enfuit dix pas plus loin. Pour autant que je chemine, jamais je ne l’atteindrai. A quoi sert l’utopie ? Elle sert à cela : cheminer.»
Editorial de  DOMINIQUE VIDAL
in « MANIERE DE VOIR » publicação do « LE MONDE DIPLOMATIQUE » de 13/07/2010
(1) Jean-Denis Bredin, « Est-il permis ? », Le Monde, 31 août 1991, cité par Serge Halimi, Le Grand Bond en arrière, Fayard, Paris, 2004.
(2) Eduardo Galeano, Las Palabras andantes, Siglo XXI, Madrid, 1993.

Coragem amigos!

"Moody's abaisse la note du Portugal

L'agence de notation financière a abaissé de deux crans la note souveraine du Portugal, à A1 contre AA2, en raison de perspectives de croissance toujours faibles et d'une détérioration des finances publiques.
Moodys's s'attend à une détérioration "pour au moins deux ans encore" des paramètres de la dette, dont le poids par rapport au PIB devrait atteindre 90 % avant de se stabiliser".
in  "12:15 no Le Monde.fr" de hoje

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Manuel Tito de Morais

Manuel Tito de Morais – 1910-1999
retrato da autoria de Pinheiro de Santa Maria


"Manuel Tito de Morais deu os primeiros passos no rescaldo da implantação da República em 1910, um momento histórico para o qual o seu pai muito contribuiu, ao bombardear o Palácio das Necessidades e provocar a fuga da família real. E a verdade é que os valores que nortearam a implantação da República – liberdade, igualdade, fraternidade – serviram de inspiração à longa vida de Tito de Morais.
Desde muito jovem que se manifestou contra a ditadura, sendo desde logo uma voz dissonante e contra a corrente. Por isso foi perseguido, preso, torturado (...). 
Viveu em Angola, onde conheceu o lado mais violento do regime. Seguiram-se os exílios no Brasil, em Argel e em Itália. Foi alvo de uma tentativa de emboscada que lhe poderia ter custado a vida. Liderou importantes movimentos de oposição ao regime a partir do exterior. E sem nunca desistir, conseguiu impor a sua visão: criar um Partido Socialista.
A liberdade por que tanto lutou chegou finalmente quando tinha 64 anos. Regressou do exílio no célebre “comboio da liberdade” com os seus companheiros de luta Mário Soares e Ramos da Costa (e Fernando Oneto). Quando parecia que já não havia mais nada para fazer, arregaçou as mangas e dedicou-se à organização do Partido na legalidade. Vieram as conquistas da democracia e da liberdade mas também as divergências. Foi Secretário de Estado e Presidente da Assembleia da República mas nunca se deixou corromper pelo deslumbre do poder. Renunciou a deputado quando a orientação do Partido não era a que ele defendia e manifestou-se contra as coligações no governo. (...)
Intransigente e teimoso, diz quem o conheceu que Manuel Tito de Morais era de antes quebrar que torcer." Sinopse do Documentário Manuel Tito de Morais – Antes Quebrar que Torcer transmitito pela RTP 2 no passado 28 de Junho, no ambito das Comemorações do centenário do nascimento de Manuel Tito de Morais.

Em tempo: Ontem, 7 de Julho, tive a sorte de ver na RTP Internacional esse documentário.
Familiares e amigos, alguns dos quais velhos companheiros de luta anti-fascista, são unânimes quando se referem à integridade, combatividade e perseverança que caracterizaram a vida do fundador do Portugal Socialista e, mais tarde, da ASP (com Mário Soares e Ramos da Costa). Tito, como lhe chamávamos, era um homem honesto, fiel aos ideais que sempre defendeu e que em nenhuma circunstância traiu. O documentário acaba quando lhe perguntam se ele estava satisfeito com o Partido Socialista e Tito, velho, mas lúcido como sempre, responde não!
No entanto, em Abril de 1991, numa entrevista a Maria José Gama, Tito de Morais confessou que nessa altura já não tinha projectos próprios para o futuro, mas acrescentou:
"Estou confiante. Os ideais que nos nortearam e se mantiveram firmes durante estas décadas de luta pela Liberdade continuarão a ser o rumo do Partido Socialista. Os Partidos Socialistas continuarão a ser o motor das transformações sociais que se impõem, para que o Homem sinta alegria em viver e para que a Justiça, a Verdade, a Dignidade, bem como o Progresso sejam uma realidade, não um mito, nem um slogan".
Tive a honra de conhecer Manuel Tito de Morais em Novembro de 1972 quando ele visitou os companheiros da ASP de Londres. Recebi-o com muita simplicidade no meu flat onde passámos longas horas a falar e sonhar de liberdade. Lembro-me dos olhos verdes brilhantes do lutador anti-fascista, da sua determinação e coragem. Manuel Tito de Morais foi um homem admirável! O seu nome ficará para sempre ligado à História da Democracia em Portugal.

Pouco depois do nosso encontro em Londres, recebi esta carta do Tito: (clique na imagem para a ampliar)


Hermínio da Palma Inácio, Maria de Jesus Barroso e Manuel Tito de Morais, no 1° de Maio de 1974. Como eles, nesse memorável dia, acreditei que em Portugal a Justiça, a Verdade e a Dignidade seriam uma realidade. Hoje, mais que nunca, chego à conclusão que esse Portugal tão sonhado não existe.