de Carlos do Carmo, Alexandre O'Neill e Alain Oulman
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar
Que perfeito coração, no meu peito bateria
meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração
Se um português marinheiro
dos sete mares andarilho
Fosse, quem sabe, o primeiro
A contar-me o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
Ao meu olhar se enlaçasse
Que perfeito coração, no meu peito bateria
meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor, que foste o primeiro
Que perfeito coração, no meu peito bateria
meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração
Este é o meu fado.
A Inês Pedrosa elaborou uma fotobiografia do Cardoso Pires cujo título é um verso deste fado: "Nesse céu onde o olhar". Acho um título brilhante.
ResponderEliminarBelíssimo fado.
Bien le bonsoir, Madame.
Ivone Costa
Cara Ivone,
ResponderEliminarA excelente fotobiografia de JCP feita por Inês Pedrosa chama-se "Lisboa livro de Bordo".
Bien à vous, Madame