"Andava eu por aí preocupado com o orçamento, a crise, o déficite, o crédito mal parado... Ouço programas na televisão que vivem da crise, para a crise, pela crise... Recebo 200 anedotas por dia sobre a crise... Vejo criar-se à minha volta uma indústria de crise: os low-costs, os low-comes, os low-bebes, os low-minds... Tudo crise, tudo para deitar abaixo, para vergar, para nos humilhar. Pergunto. Onde está gente que pense Portugal? Porque nos deixámos vergar ao império dos consultores americanos? Porque não temos voz para espantar a Europa dos "nowhere men"? Onde está a mística portuguesa? Onde vamos parar?
Poderão achar contraditório estas interrogações, já que sou um federalista convicto. Mas, a verdade é que não está a funcionar. Desde que o Reino Unido entregou os pontos ao Eixo e que a Espanha perdeu a embalagem, somos servos da gleba, escravos da dívida, hipotecários do défite europeu. Como já não há mundo para descobrir, sugiro que cada um descubra o mundo que existe em todos nós. Talvez o mundo nos ganhe e nós ganhemos outro mundo." in "expressodalinha"
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