segunda-feira, 11 de outubro de 2010

La faim dans le monde


"La faim dans le monde touche un milliard de personnes et prend des proportions inquiétantes dans près d'une trentaine de pays, selon un rapport de l'Institut international de recherche sur les politiques alimentaires (IFPRI), publié lundi 11 octobre.
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L'indice mesurant la faim dans le monde est calculé à partir de trois indicateurs : la proportion de la population sous-alimentée, l'insuffisance pondérale infantile et le taux de mortalité infantile. L'indice classe les pays sur une échelle de 0 à 100, 100 représentant le pire. Selon cet indice, la faim atteint un niveau "alarmant" à partir de 20 et "extrêmement préoccupant" à partir de 30. A l'exception de Haïti et du Yemen, tous les pays dans lesquels cet indice a atteint un niveau "alarmant" se trouvent en Afrique sub-saharienne et en Asie du Sud.
Les 25 pays où la situation est "alarmante" sont, par ordre de gravité croissant, le Népal, la Tanzanie, le Cambodge, le Soudan, le Zimbabwe, le Burkina Faso, le Togo, la Guinée-Bissau, le Rwanda, Djibouti, le Mozambique, l'Inde, le Bangladesh, le Liberia, la Zambie, le Timor oriental, le Niger, l'Angola, le Yemen, la République centrafricaine, Madagascar, les Comores, Haïti, la Sierra Leone et l'Ethiopie." in "Le Monde" de hoje

4 ex-colónias portuguesas em situação alarmante a começar por Angola! Para onde vai o produto da venda do petróleo angolano?
Porquê tanta miséria?

3 comentários:

  1. A permanência da fome no mundo tornou-se-nos banal, mas a sua existência continuada é absolutamente imoral. O sociólogo suiço Jean Ziegler, que foi Relator Especial da ONU para o problema da fome, desmontou a infame "doutrina da escassez organizada" que sustenta a hipocrisia das relações internacionais e as exigências do comércio, das trocas, dos negócios. Se puxarmos pelo argumento, compreenderemos melhor a soteriologia dos economistas e a conversão da teologia em doutrina mercantil, corporificando os "mercados" (as tais entidades que podem estar calmas ou nervosas, expectantes ou agitadas...)um "espírito" cuja situação de equilíbrio decorre das leis da oferta e da procura. Ultimamente tem sido por demais... a reactividade e os "sinais" dos ditos mercados estão suspensos na aprovação do orçamento. Os especuladores estão a fazer as suas apostas. Perdas ou ganhos, à margem de qualquer consideração moral. Tanto assim que o actual ciclo de crises começou, justamente, com a alta dos preços nos cereais, depois veio o imobiliário e o rebentamento de bolhas...

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  2. ... e a situação de Angola é a que mais me choca, pois apesar de todo o esforço e dos alertas da saudosa Diana Spencer no que concerne aos estropiados pela guerra (houve muitas fortunas feitas com a troca de diamantes angolanos por armamento europeu, num guerra civil de mais de duas décadas...), apesar das constantes denúncias da mais confrangedora miséria nos subúrbios de Luanda, etc... por cá, só há olhos para esse novo mundo dos negócios, das "oportunidades" e do "crescimento", isto é: ganhar dinheiro, muito dinheiro... cantar aos 4 ventos que se está a contribuir para criar empregos e tirar muitos angolanos da pobreza... e, entretanto, continuar a alimentar as fabulosas contas bancárias suiças da camarilha do Futungo de Belas. A impermeabilidade dos "negócios" aos mais básicos sentimentos de justiça e de solidariedade, a ganância do capital... não deixam antever nenhum futuro risonho. Continuam-se a produzir minas anti-pessoais (os americanos recusaram assinar uma declaração para as banir)... Muitas crianças continuam a procurar comida no lixo... O petróleo continua a jorrar... E na minha caixa de correio continuam a aparecer anúncios a inúmeros cursos sobre "como fazer negócios em Angola". Infelizmente, a fome persistirá, neste mundo de abutres e chacais...

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  3. Que tristeza ler isto e assistir à forma como vivem as classes dominantes em Angola...

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