a casa da lapa: versos...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

versos...

que pena não saber fazer versos

esta casa merece um poema

a pena, em tempos adversos

é só pra poetas de gema

a poesia não é o meu forte

ando às voltas com o português

dou a pena, pra nossa sorte

à minha amiga ERA UMA VEZ

3 comentários:

ERA UMA VEZ13 de outubro de 2011 às 16:59
Querida Helena

Que bom.
Sempre doces e inesperadas as suas lembranças...
e ainda mais os adoráveis versos!!!

Esta casa é mesmo um poema meu
(nosso)
sonhado
desenhado
rasurado
construído pedaço por pedaço
avanços e recuos
quatro anos
mãos na massa
(já sem massa)
e os miudos
a crescerem como passarada e a brincarem na areia no cimento com as lagartixas assustadas
e a imaginarem os seus quartos
no meio do betão
e mais um longo Inverno
e mais um Verão
e um dia estava finalmente quase pronto
sem acabamentos
e lá viémos nós
casa às costas
quais ciganos
...................................
Filhos criados
Florescem eles e os arbustos
e assim sem dar por isso
passaram trinta anos
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Anónimo15 de outubro de 2011 às 02:35
Belo...
Bj

anamar
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Anónimo15 de outubro de 2011 às 10:47
Gosto dos dois... Eu é que não sei versar:) Por isso admiro quem o faça...bem. Aefetivamente
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"Le besoin d'évoquer certains des êtres qui ont illuminé mon parcours me tenaille depuis que j'ai découvert qu'ils occupaient mes nuits".
Jean Daniel, "Les miens"

"Com esta escrita descobri uma coisa em que nunca tinha pensado, é que o bem mais precioso do homem é a memória."
José Cardoso Pires

«Não existe a liberdade, mas a busca pela liberdade, e essa busca é que nos torna livres.» Carlos Fuentes (1928-2012)

"Se considerarmos a indignação como fonte da moral,uma ética da resistência como afirmação heróica num mundo de perdidas identidades: então António sorri antes de erguer a voz contra o sombrio manto da injustiça que desaba a cada hora sobre o esplendor do mundo (...)".
Luis Filipe Castro Mendes, homenagem a Antonio Tabucchi

"Retomei a normalidade do quotidiano. Foi com alguma dificuldade. Mas com uma enorme mais valia, porque faço tudo mais devagar. Encontrei finalmente tempo para olhar à minha volta e descobrir cores e volumes que via todos os dias sem os olhar. Agora estou noutra perspectiva. A de fazer só o que me der prazer. (...) Por isso deliciei-me com a vista, o sol, o rio. As coisas simples da vida. Com a noção de que esta pode acabar a qualquer instante e que vale a pena estar atenta aos pequenos detalhes que nos trazem felicidade.Sem qualquer nostalgia. Apenas sabendo que quando se perde tudo, o pouco com que se fica, é já uma riqueza".
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