"Afonso Couto não resistiu às complicações de saúde que teve nas últimas semanas e acabou por nos deixar no dia 3 deste mês. Todavia, durante este último ano o Afonso, em bicos de pés nos seus 7 anos, ensinou muito a muitos de nós e ficará marcado nos nossos corações para sempre. Ensinou-nos a sermos fortes e a lutarmos até ao fim, ensinou-nos a sermos mais solidários e a unirmo-nos por uma causa. O Afonso vive agora em cada um de nós!"
"O Afonso lutou muito mas a sua luta foi também uma luta pela vida dos outros. Portugal é hoje o 4º pais com maior número de dadores de medula óssea. Muito disso se deve a ele e a Vocês todos. O Afonso não perdeu esta luta, GANHOU-A!!! Nós vamos continuá-la. É isso que ele quer que façamos. Temos de alargar as campanhas e ser ainda mais... solidários. Por todos os que precisam de um dador! Pelo Afonso!"
"Foi esta a mensagem que o Afonso nos deixou. Compete-nos continuar. Nesta hora difícil, peço-Vos que não gastem mais lágrimas ou flores. Partam sim para a acção: Se cada um de nós convidar 3 novos amigos para se inscreverem como doadores de medula óssea, esse número quadruplicará. Essa será a verdadeira homenagem que podemos fazer ao Afonso."
Carlos Macedo e Couto (avô do Afonso)
Conhecemos a família Bragança em Macau nos anos cinquenta. A Isabel Bragança, avó do Afonso, foi minha colega no colégio e preparamos juntas, com o mesmo Mestre, a admissão a Arquitectura. A Isabel terminou com grande êxito o curso e voltou para Macau onde vive e trabalha como arquitecta. Quando voltei a Macau, em Novembro de 2006, vi a Isabel mãe e avó feliz. Sinto muito a perda do Afonso.
Que tristeza....
ResponderEliminarEternos Meninos
ResponderEliminarPor cá ficou o rasto do Seu aroma
Suave memorável captura alma redoma
Viagem sonho de uma vinda e logo volta
Eternos Meninos,não podem crescer,revolta
Nem o ofertório de velhas vidas em troca
Nem o sacrifício do amor maior já importa
A grande essência per si em frasco pequeno
Saudade dor insuportável,impotência em pleno
Deixa o consolo dos sorrisos peregrinos
A luz com o brilho dos eternos Meninos
A pureza,amor que só soube aprender a amar
Ancoragem em memória colectiva, véu de penar
Eternos Meninos nasceram para ser só infância
Embalam berço da fé da esperança na tolerância
Isabel seixas
Passei só para lhe dar a mão...
Obrigada Isabel.
ResponderEliminarHelena
ResponderEliminarPara quem, como eu, se confrontou com a luta duma Mãe adorada contra essa malvada doença,
o caso do Afonso só pode servir como um exemplo impressionante numa criança!
...
ResponderEliminarComo redimir no mundo as causas deste sofrimento?...
ResponderEliminarO pior que nos pode acontecer é perder um filho seja em que circunstâncias for porque, na ordem natural da vida, eles sobrevivem-nos. Tenho grandes amigo(a)s que perderam filhos crianças ou jovens de doença, em acidentes de viação ou de overdose. Não
ResponderEliminarhá palavras para traduzir a dor destes pais e mães nem ninguém que responda às perguntas que se impõem em tais momentos.
Perder a mãe ou o pai, sobretudo quando eles estão na flor da vida é também uma injustiça.
A morte faz parte da vida, eu sei. Não a temo, mas cada vez tenho mais dificuldade em aceitar as dos meus próximos. Têem sido muitos a partir antes do tempo. Não há remissão sem fé. Resta uma saudade imensa.