..."É altura dos Portugueses despertarem da letargia em que têm vivido e perceberem claramente que só uma grande mobilização da sociedade civil permitirá garantir um rumo de futuro para a legítima ambição de nos aproximarmos do nível de desenvolvimento dos países mais avançados da União Europeia.
...
Precisamos de uma política humana, orientada para as pessoas concretas, para famílias inteiras que enfrentam privações absolutamente inadmissíveis num país europeu do século XXI. Precisamos de um combate firme às desigualdades e à pobreza que corroem a nossa unidade como povo. Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.
A pessoa humana tem de estar no centro da acção política. Os Portugueses não são uma estatística abstracta. Os Portugueses são pessoas que querem trabalhar, que aspiram a uma vida melhor para si e para os seus filhos. Numa República social e inclusiva, há que dar voz aos que não têm voz."...
O Presidente da Répública Portuguesa despertou, ontem, ao fim de muitos anos de letargia, para nos lembrar que é preciso "uma política humana". Mais vale tarde que nunca..
Fico muito contente que tenha gostado do discurso do presidente... ;)
ResponderEliminarNem sei que lhe diga, além de que letargia rima com ironia , heresia, hipocrisia...Arrelia
ResponderEliminarE
basicamente para uma politica mais humana precisamos de mais womanas...Será?!
Isabel seixas
O "friso" parece-me adormecido...
ResponderEliminarDurante os dez anos em que foi primeiro ministro, o liberal Cavaco Silva fez o contrário "de uma política humana, orientada para as pessoas concretas, para famílias inteiras que enfrenta(va)m privações absolutamente inadmissíveis num país europeu do século XXI" e vem -agora- dar "lições" num discurso lamentavelmente populista.
ResponderEliminarNão Paulo, não gostei do discurso do Senhor Cavaco.
Tem razão Isabel, a hipocresia cavaquista rima com (a minha) ironia!
ResponderEliminarSweet Papoila, com um discurso daqueles não seria de admirar, mais chateados estavam de certeza!
Caríssima Helena, claro que percebi a sua ironia. Já a minha estava no smile... ;)
ResponderEliminarPois eu voltei aos bancos do ISCEF e ouvi uma aula de Finanças Públicas.
ResponderEliminarJulgo que se está a preparar um semi presidencialismo ou a queda deste (des)governo que tem sido de uma deshumanização atroz.
Lembro Sampaio em idênticas circunstâncias...
Não aprecio Cavaco, mas aprecio ainda menos José Socrates e a megalomania de projectos que irão deixar à míngua a geração dos meus netos.
Querida Helena,
ResponderEliminarOs ideais de Abril ficaram-se muito aquém dos nossos belos sonhos. Temos um pais rico em "chicos espertos" e pobre em educação. A deshumanização é a consequência directa da crise e da falta de ética e maturidade politica dos dirigentes que nos têm governado, sejam eles de direita ou de esquerda.
Temos, infelizmente, a democracia que merecemos porque não soubemos -e continuamos a não saber- fazer melhor.
Minha querida
ResponderEliminarRecuso-me a acreditar que nós portugueses tenhamos de merecer a gente que nos tem governado. Estes e outros. De esquerda e de direita.
E dói-me ver o estado a que os mais desfavorecidos chegaram: a fome, a ignorância, a miséria envergonhada, a sopa dos pobres.E os Caia-Poceirão a prosseguirem para mais alguns meterem a mão ao bolso.
Tenho muita pena que nos seja "imposta" esta democracia indigna dos valores de Abril. Não foi por isto que muitos dos nossos lutaram!
Querida Helena,
ResponderEliminarEstou totalmente de acordo com tudo o que escreveu aqui, com o que escreve no "Fio de Prumo" e nas outras "casas" que temos o gosto de frequentar.
A mim, que tenho a familia toda e muitos amigos em Portugal, também me doi ver tanta miséria e tanta injustiça!