sábado, 5 de janeiro de 2013

Mulheres de armas


Esta casa orgulha-se de ter por amiga mais uma poeta e mulher de armas. Não desfazendo as poetisas Isabel Seixas e Era UMA VEZ, a "velha senhora", sempre actual, une-se ao coro magistralmente dirigido entoado pela minha querida amiga Helena Sacadura Cabral: 
"mulheres de armas quisera
juntar-me eu a todas vós
não fora só esta mera
anónima e velha voz
mas sobra-me afeto e amor
que faltam em meu redor 

bom ano boas amigas
que temos amor pra dar
até a tristes formigas
que o ano querem lixar
às armas contra a desgraça
contai com velha de raça"

 A "velha amiga" voltou e acrescentou:

"A velha senhora, que lê mais poesia do que bebe Alvarinho (e não bebe pouco), telefona-me hoje, histérica de admiração por poema que acabava de descobrir e me pedia que enviasse às suas amigas da Casa da Lapa (mas precedido deste seu 'recado'"
'voz torta a minha que importa

rasgai-me esta rimalhice
maria teresa horta
mulher de armas melhor disse
poema de resistência
de amor contra a violência'):

2013 

Há sempre um acreditar
maior, levando-nos
na teima a prosseguir 

Firmados nas raízes fundadoras
prontas a tecer a ventania
feita de ideais e de porvir
de vontade, de sonho e poesia

 Pois existe um voo e um lutar
uma batalha pronta a impedir
a violência, o medo, o proibir

Há sempre um acreditar
maior, levando-nos
na teima a resistir

Exigindo o direito a inventar
um outro futuro a construir
apesar do vender e do roubar

 Pois existe uma constância
em desagravo, outros modos
de amar, outra maneira
a fazer da vida um canto aberto
E da liberdade uma bandeira.

 Maria Teresa Horta,
Lisboa, 30/Dez/2012

com os votos de um bom ano.

5 comentários:

  1. A velha senhora comoveu-se com o acolhimento no 'coro' mas, como não podia deixar de ser, lá teve que refilar:

    magistralmente - o coro - dirigido?
    desculpe amiga helena mas duvido
    a amiga jov'helena sacadura
    concorda bem comigo estou segura
    pois ferozmente independentes
    não somos nem seguimos dirigentes
    amor ternura as armas da mulher
    com elas e a sorrir vamos vencer

    também não sou poeta e tenho pena
    rimalho velha a vida que inda acena

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  2. A velha senhora comoveu-se com o acolhimento no 'coro' mas, como não podia deixar de ser, lá teve que refilar:

    magistralmente - o coro - dirigido?
    desculpe amiga helena mas duvido
    a amiga jov'helena sacadura
    concorda bem comigo estou segura
    pois ferozmente independentes
    não somos nem seguimos dirigentes
    amor ternura as armas da mulher
    com elas e a sorrir vamos vencer

    também não sou poeta e tenho pena
    rimalho velha a vida que inda acena

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  3. A velha senhora comoveu-se com o acolhimento no 'coro' mas, como não podia deixar de ser, lá teve que refilar:

    magistralmente - o coro - dirigido?
    desculpe amiga helena mas duvido
    a amiga jovem'lena sacadura
    concorda bem comigo estou segura
    pois ferozmente independentes
    não somos nem seguimos dirigentes
    amor ternura as armas da mulher
    com elas e a sorrir vamos vencer

    também não sou poeta e tenho pena
    rimalho velha a vida que inda acena

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  4. Querida velha senhora:
    Não fique zangada por uma nota desafinada. Retiro "dirigido" e ponho "entoado" soa melhor e ninguém fica amuado.

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  5. Cara Helena passei por cá , desde logo lastimando a minha ausência, não me perdoo por não ter dado conta desta versão da nossa velha amiga velha Senhora. Sempre original...

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