quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ser diplomata

"Ser espirituoso é metade de ser diplomata. (...) O espírito move tudo e não responde por coisa alguma: ele é a eloquência da alegria, e o entrincheiramento das situações difíceis: salva uma crise fazendo sorrir: condensa em duas palavras a crítica de uma instituição: disfarça às vezes a fraqueza de uma opinião, acentua outras vezes a força de uma ideia: é a mais fina salvaguarda dos que não querem definir-se francamente: tira a intransigência às convicções, fazendo-lhes cócegas: substitui a razão quando não substitui a ciência, dá uma posição no mundo, e, adoptado como um sistema, derruba um império. E, sobretudo pelo indefinido que dá à conversação, ele é a arma verdadeira da diplomacia". Eça de Queirós, in 'Uma Campanha Alegre'

4 comentários:

  1. A Margarida disse, no outro dia, que eu era uma "camarada espirituosa" ; ))
    Vai na volta podia ter feito carreira...Who knows !? : )))

    ResponderEliminar
  2. Querida Júlia,
    Porque não tenta?:) a vocação não se deve desperdiçar!

    ResponderEliminar