domingo, 25 de dezembro de 2011

O Pai Natal ouviu-vos?


11 comentários:

  1. LOL!
    Pois foi! O pai Natal, do cansaço, da idade ou do vinho do Porto, trocou-me as premissas!
    Malandro...

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  2. Querida amiga
    Aqui vai o que me pediu, com todo o carinho.

    Se me permitir, com este texto, abraço todos os que por aqui passam, nesta calorosa casa da lapa, as Isabéis, a nossa Helena,a Anamar, o Jeitinho Manso, os nossos queridos Embaixadores e todos os que não conheço tão bem mas que por aqui navegam...

    "Outros Natais
    ... ou história de amor e derrocada"

    Revejo com pudor
    a casa esventrada a meio da rua
    e a bancada da cozinha seminua
    que também era sala e aconchego
    onde se comiam tremoços
    se trocavam afectos
    e se guardavam segredos

    O vento deixado à solta
    teima em desvendar
    a velha toalha de oleado
    com cerejas de todo o ano
    ele construiu as prateleiras
    ela coseu a renda ao pano
    e fez as cortinas da janela
    que depois debruou a sardinheiras

    Foi num sábado de manhã
    e no domingo seguinte
    ele ouviu o relato
    colado à telefonia
    e ao fim do dia
    a canja de aletria
    cheirou mais forte
    a hortelã

    Quando ele lembrava
    os pequenos amores da sua juventude
    ela amuava...
    e ele manhoso
    fingia não entender

    horas depois
    ela sorrateira
    corria a cortina da banheira
    e ensaboava-lhe as costas devagar
    e aquele olhar era tão sublime
    que o seu corpo desarmado
    se transformava em rochedo
    em surdina chamava-lhe "magana"
    ...e nessa noite iam dormir mais cedo...

    um dia a sua magana não acordou mais
    e a toalha de oleado
    foi guardando as migalhas dos dias
    num vazio silencioso
    desmazelado e frio

    até que
    (em vésperas de Natal)
    velha e solidária
    aquela casa ruiu

    Temeu pela sua vida a vizinhança inteira
    QUAL VIDA?
    indiferente e desajeitado
    acomodou-se na maca improvisada
    nem um olhar de despedida

    Ah...como ele sabia de cor e salteado
    o som e a cor da derrocada

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  3. Neste mês já o meu abdómen alargou !

    VIVA A CRISE !

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  4. Margarida,
    Mas teve uma boa ceia e bons presentes, não teve?

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  5. ERA UMA VEZ,
    Este poema é um lindo presente de Natal! Muito obrigada, querida amiga.

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  6. Ah João! é difícil resistir às guloseimas nortenhas, não é? felizmente, Natal é só uma vez no ano...:)

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  7. Era uma vez,
    obrigada pela partilha deste lidissimo poema... triste como me dizia... mas belo e pleno de amor.
    O Natal também tem destas coisas.
    Tudo de bom para o ano de 2012.
    Converso consigo nesta bela "casa"
    ... pois tenho dificuldades de net numa aldeia parecida com a do eu poema, algures também na Beira...
    anamar
    Beijo amigo.

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  8. Obrigada Helena por permitir esta partilha
    Obrigada Anamar pelas suas tão amáveis palavras

    Mal sabia eu...que nesta mesma noite aconteceria mais uma derrocada em plena Lisboa
    Quantas histórias estarão por contar?...

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  9. Minhas queridas
    Foi nesta casa que, além da dona, de quem gosto mesmo muito, encontrei outras amigas.
    Umas, de virtuais passaram a reais. As outras, embora as não conheça, sinto-as muito próximas. É uma excelente sensação neste fim de 2011.
    Obrigada minha querida Helena O.
    :))

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  10. Queridas amigas,
    E um grande privilégio para esta "casa", sempre aberta a quem venha por bem, receber as vossas simpaticas visitas e comentarios. As mensagens que aqui deixam, são elos fortes que consolidam a nossa amizade seja ela virtual. Tenho um grande orgulho e um enorme prazer de vos ter conhecido e poder contar com a vossa generosidade e carinho.
    Bem hajam!

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  11. Sempre por bem - obrigatório!!!! :)
    Bom ano novo!!!! E que não engordemos muito... na barriga :)

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