quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"Não está mas vai ficar escrito"





"(...) O meu único objetivo de vida é modestíssimo: não faço a menor ideia se aquilo que eu defendo vai fazer caminho, ou não. O socialismo ou o comunismo não são nenhum destino. Pelo que a gente vê, até é pouco provável que aconteça... Acho que a Humanidade está mais próxima de se destruir do que de construir um amanhã que canta. Não está nada escrito. Mas há uma coisa que sei: ao chegar ao fim da vida, quero poder olhar para trás e dizer: terei feito algumas asneiras, mas no conjunto posso partir, lá para onde for, com tranquilidade. (...)". da entrevista ao “Expresso” em 23 de Julho de 2011

Miguel Portas olhou para trás, pela última vez, há 6 meses. A partir desse  24 de Avril nenhum amanhã cantou.

A morte, injustamente precoce, poupou-lhe a desilisão de ver que aquilo que ele defendeu não está a fazer caminho e que a Humanidade está mais próxima de se destruir do que de construir.

Miguel Portas (e a ternura do olhar e do sorriso, que herdou da mãe), faz-nos muita falta.

4 comentários:

  1. Faz falta, sim. Não só o sorriso, ele todo inteiro.
    Homens como ele, há cada vez menos.
    Abraço enorme para a mãe, grande Mulher.
    Cumprimentos para si.
    Maria

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  2. Minha querida Helena
    Bem haja pela sua amizade que muito prezo.
    Hoje fiquei mais serena. Finalmente pude sussurrar ao meu filho que um dia nos voltaremos a abraçar. E a homilia feita pelo Padre Tolentino sobre um texto do Miguel foi um momento lindíssimo!

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  3. A tranquilidade do Miguel dava-me confiança.

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  4. Subscrevo o post e a sua homenagem.
    abraço

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